Recordações/Paisagens de uma vida...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um dia de vida real…


Quinta – Feira, 25 de Novembro de 2010
               
                Quando acordei, senti-me diferente, mais ambicioso, com mais liberdade, pela primeira vez encontrei paz, consegui-me sentir diferente de toda a sociedade em que na qual eu estava inserido. Nunca tinha sentido nada assim, contudo não o condenava, senti-a todos os movimentos, todos os ruídos, como se o tempo parasse naquele instante por onde eu passava.
                Caminhando pelas ruas e ruelas, caminhava como se sozinho estivesse, sem regras, sem horários, observando tudo em meu redor, como se nada mais houvesse para além daquilo, um simples pormenor, uma cor, uma linha, um som. Conseguia ver a perfeição em tudo, nada estava mal, tudo tinha a sua razão de ser, tudo estava aos olhos do mundo, contudo, só eu no meu estado de abstracção reparava nas respostas que o mundo me dava, porque no final de contas, as respostas aos nossos problemas, estão presentes nas ruas e ruelas, que por elas caminhamos no nosso dia-a-dia, num ritmo infernal, cumprindo os horários e regras de uma sociedade capitalista, que sobrevive à custa dos interesses pessoais de cada individuo.
                Em suma, penso estamos demasiados inseridos numa sociedade condenável e desprezível, sem dar mos importância as pequenas coisas que nos rodeiam quer em casa, quer na rua, contudo penso que todos nós necessitamos de um dia de vida real, para começarmos a dar importância a tudo o que nos rodeia, uma vez que amanha, no meu caso, posso já não estar por aqui, para mais um testemunho de uma vida. 

Saudações Lepras

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vícios Privados São Virtudes Públicas

Na sociedade em que estamos inseridos, está presente, os sentimentos de inveja, egoísmo, orgulho, ganância e acima de tudo a vaidade. Estes sentimentos remetem-nos para o desenvolvimento da nação humana, uma vez que, nenhuma raça a face da terra sobrevive, se não pensar em si primeiro. 

Quem fala em raças, fala também em pessoas que tem o poder de viciar determinados aspectos da sociedade, tornando o seu interesse privado num interesse publico a toda a sociedade. Será este interesse uma virtude? Sim, pois são estes interesses únicos que de certa forma, fazem uma sociedade progredir, por vezes de forma correcta, por vezes incorrecta. Tudo isto gira a volta da conveniência das pessoas, e na sociedade que vivemos, é algo que tem vindo a crescer, uma vez que toda a sociedade, quer mais do que possui, pondo em causa princípios básicos de vida.  

Em suma, querer sempre mais, não é crime, contudo, é um vício que se for saudável, só irá trazer benefícios para a sociedade, tornando assim, um mero vício numa bela virtude pública.

Saudações Lepras

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pico...Uma Maravilha...

Uma linha, um olhar, um relevo, acima de tudo uma paisagem que inspira tranquilidade, confiança em hábitos e tradições, longe de confusão, de trânsito, onde prevalece a natureza em abundância, um povo acolhedor cheio de energia e boa disposição, no fim contas uma das 7 maravilhas de Portugal.
Antepassados vividos em angústia e sofrimento, por ver os homens a embarcar nas canoas baleeiras em busca do seu sustento arriscado, defrontando o ser mais temível dos mares, o cachalote.
Os tempos passam, a caça a baleia termina, as gentes desta terra viram-se para a terra em busca de sustento, sempre cheios de vontade e acima de tudo fé, que os faz mover as terras em busca de alimento. Contudo, com o fim da caça a baleia surge as empresas de whale wacthing, que trouce de novo, a alma aos portos locais, onde turistas de todo o mundo por cá passam para ver o mais temível animal do mar, como se caçava, como se comercializava.
Nos dias que correm, o Pico, é algo fenomenal, pois do mar, foi evoluindo para terra, foi-se explorando as suas lindas paisagens, os seus relevos vulcânicos, a vinha protegida, as lagoas, e acima de tudo, a subida ao ponto mais alto de Portugal, de onde se vislumbra imagens únicas quer do Pico, quer das ilhas vizinhas, sendo as mais procuradas, o nascer e o pôr-do-sol.
No fim de contas, as gentes desta terra foram recompensadas, pelo seu trabalho, sofrimento, boa disposição, pois….o Pico podia não ser uma das 7 maravilhas de Portugal,…Podia, mas não era a mesma coisa.

Saudações Lepras

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Distâncias...


Um sonho, um objectivo, uma paixão, uma angústia, uma desilusão, uma preocupação, tudo se resume numa mera palavra “distância”. Estar distante, é pensar, é criar filmes originando assim as desconfianças.
Uma distância, dá origem a saudades, saudades essas, que fazem-nos pensar se a vida que escolhemos para nós foi a escolha certa. Por vezes, a nossa consciência impulsiona-nos para algo que profundamente não queremos, como por exemplo, afastarmo-nos de pessoas que veneramos e vice-versa, para estar com algumas pessoas, que em tempos passados nos diziam algo, contudo a vida evolui, as amizades evoluem, os próprios sonhos evoluem, deixando para trás uma mística de saudades daqueles que realmente gostaram de nós e que nos dias que correm, nos olham com interesse, desconfiança…enfim tudo gira à volta das distâncias.
Com uma experiência universitária, que ainda estou a ter, por vezes sinto-me distante das minhas raízes, pois ao teres dois, quem sabe três meses na tua terra natal de férias, com o passar dos anos, o sentimento de “outsider” começa a ganhar forma, muito devagar é certo, mas devagarinho uma pessoa transforma a sua mentalidade, a sua forma da sociedade estar perante ela e vice-versa.
                Em suma, é nestes pequenos aspectos que a distância, influencia os sonhos, um passado, um presente, e principalmente um futuro.

Saudações Lepras

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Paz...



Caminhando através da brisa, de cabelos ao vento, sem bússola, sem rumo, sem objectivo, tudo é uma simples manifestação de vida. Ali, no meio da multidão em sucessivas correrias, vivendo eu num mundo à parte, onde fechava os olhos e sentia o movimento dos carros, pessoas a natureza. As boas memórias apareciam, como se tratasse de um mero nascer do sol, radiante, brilhante, puro e divino, a minha alma enchia-se de luz, de cor, de paz.
O tempo passa, o sol vai morrendo aos poucos, a brisa aumenta, o movimento cresce, as crianças brincam do outro lado da rua e eu ali expectante, observador, não deixando escapar um movimento, um som, uma cor, uma expressão, um sorriso. Subitamente, fui atraído por um som trazido pela brisa do ar, era algo único, inesquecível, ganhei coragem, ganhei um rumo, um objectivo, persegui-o, queria senti-lo de mais perto. Era o som do mar a chocar com a terra, fiquei deliciado, senti-me pela primeira vez, preenchido, completo, algo que nunca tinha sentido antes. Ali, aprendi a ser quem sou, a apreciar cada nascer do sol, a dar importância à simplicidade e aos momentos e pessoas que me rodeiam, afinal de contas, viver é como o mar a embater na terra, tem de haver respeito mútuo.
O sol morre, a lua nasce, com ela vem a noite, morre a luz, a cor, fica na memória o sentimento de simplicidade, felicidade, paz. A brisa tornasse gélida, os sentimentos e os pensamentos congelam, a simplicidade vai esmorecendo muito lentamente, voltando a ganhar a sua força, o seu brilho, com o apreciar de um novo rebentar de uma luz, de um sonho, de um sol.


Saudações Lepras

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Agitação Maritima


Os dias morrem, nascem as noites, as aventuras ganham forma, o porto fica para trás, o mar está impávido e sereno, aparentando um gigante lençol. A lua faz a divisão entre o mar e o céu, tudo está perfeito.     
          Passasse minutos, horas, dias, o vento de dedos entrelaçados com o mar, começa a fazer-se sentir uma ligeira brisa, brisa essa, de desconfiança, desgostos e traição. O céu com ciúmes do vento e do mar decide fazer das suas, encobrindo tudo com uma névoa ofegante, formando assim um rebento de um vendaval no fim de uma graciosa noite.

“Rebentos de madrugada cheios de promessas falsas e testemunhos invisíveis, sonhos deturpados de fantasias, carregadas de lágrimas que correm pelos ventos à procura de sossego, desatinos sem ar que vão de encontro à distância para finalmente descansar, será tudo isto que sentimos quando mais uma vez desapareceu o nosso porto de abrigo.”  - C. O.

Porto de abrigo esse, que nos auxilia, nas maresias e vendavais, desvendando assim as ilusões puras e reais, por mais mares e ventos que navegarmos, ao porto sempre chegamos, no final de contas tudo nesta maré vai e vem, não passa de um mero ciclo vicioso onde existe uma amarração sempre disponível para a tua embarcação, falasse em distancias e sonhos, provavelmente não olhas em redor, pois existe sempre alguém esperando ansiosamente, que chegues num lindo e esbelto rebento de madrugada.

Saudações Lepras

quinta-feira, 17 de junho de 2010

De olhos na Televisão …O Mundial da Vuvuzela…


Em época de Mundial de Futebol, mais propiamente na África do Sul, a população por todo o planeta terra, está de olhos postos naquele pequeno ecrã, que por estes dias traz-nos as maravilhas, as jogadas, os nossos guerreiros, os golos, a vuvuzela, enfim tudo sobre o Mundial.
Eu, como Português e acima de tudo, Açoriano que sou, estou torcendo vivamente pelas nossas cores, contudo a esperança que existe para este torneio, está esmorecendo, isto porque o primeiro jogo não correu muito bem, e ainda falta mais 2 grandes jogos, que se avizinham muito difíceis.
Este Mundial em África é inédito uma vez o futebol africano há muito era visto como uma potência em ascensão no mundo do futebol, sendo então premiado pela FIFA neste presente ano de 2010, permitindo assim evoluir as suas condições não só da prática de futebol, mas num geral, em toda a prática desportiva.
O mundo pára, é treinos, resumos, jogos, festanças, comentários tudo gira em torno disto. A tradicional vuvuzela também não escapa. A vuvuzela era utilizada como meio de fazer reuniões e também de chamar os elefantes, contudo neste mundial é o objecto mais utilizado pelos adeptos, substituindo então os tradicionais cânticos, que só os ingleses ainda mantêm nos seus jogos.
Definitivamente, este vai ser o Mundial da vuvuzela, onde os favoritos, são a Espanha, Brasil, Holanda e Argentina, sendo esta última treinada pela figura mítica do futebol mundial, Diego Armando Maradona.
Para finalizar, mundial é festa, é conviver, é um sonho de qualquer um, pois quem é que não gostaria de acordar e ver a sua medalha de campeão do mundo? Vamos apoiar os nossos jogadores até ao fim, e mesmo que isso esteja perto, não vamos difama-los, pois deram o seu melhor, afinal de contas tudo isto é um grande sonho, uma grande ambição…Força Portugal!
Saudações Lepras